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O impacto do conhecimento na performance organizacional

Atualizado: 4 de out. de 2021

O mundo está imerso na valorização e no domínio do conhecimento.



Aqueles que o detém e sabem empreendê-lo têm feito a diferença nas organizações, fazendo com que elas se destaquem no mercado. E essa é a tônica da questão: o saber empreender.


Não basta só ter o conhecimento, é preciso fazer o uso assertivo do mesmo, fazendo com que a competência desenvolvida torne-se fonte geradora de riqueza.


Sempre que uma empresa destaca-se no mercado a que pertence, sobrepondo-se às demais, quando analisada de perto é claramente perceptível a causa motivadora desse destaque: as mentes brilhantes que conhecem bem a área em que atuam. Portanto, elaboram mecanismos de melhoramento dos produtos e dos processos, estudam cuidadosamente o mercado e oferecem exatamente aquilo que despertará o desejo do consumidor e o conduzirá à satisfação. Seja isso no ramo de serviços, indústria ou comércio.


O sucesso ou fracasso da performance de uma organização está inteiramente implicado no nível de conhecimento que ela possui dentro do ramo em que atua e do quanto se empenha para entender o que e como fazer aquilo que lhe compete, à geração e à manutenção da riqueza. Os conjuntos de elementos que juntos tornam viável a concretização desse propósito são os ativos tangíveis e os intangíveis. No entanto, o que são esses ativos?

Segundo Marion (1998, apud SANTOS 2007) “os ativos são todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente que representam benefícios futuros para a empresa”. Recursos que têm o poder de produzir resultados positivos, possibilitando retorno do que foi investido e lucro para novos investimentos.


Os ativos tangíveis são os elementos corpóreos da organização, aquilo que pode ser tocado, visto, mensurado, enfim, tudo que possui corpo físico como bens móveis: mobiliário, produtos, maquinários, veículos, mercadorias, dinheiro; e os bens imóveis: terrenos e prédios. (GRACIOLI, 2005).


Os ativos intangíveis são os elementos incorpóreos da organização, aquilo que não tem corpo material. Portanto, não pode ser visto ou tocado, mas que compõe uma das maiores riquezas organizacionais, o capital intelectual. Stewart (1998) define como sendo “o capital intelectual, tudo o que é produzido pelas pessoas ou através delas”. Exemplo: patentes de invenção, qualidade dos produtos, reputação organizacional, relacionamento com os clientes, valor de mercadorias e assim por diante.


Diferentemente do ativo tangível, o intangível ainda não é muito valorizado pela contabilidade tradicional, embora seja evidente sua influência nos resultados dos negócios.


Segundo Chiavenato (2004), “O capital financeiro está cedendo lugar ao capital intelectual. Esse é um ativo intangível e de difícil mensuração, mas constitui o ativo que mais traz retorno à organização e é indiscutivelmente o principal motor que garante o sucesso organizacional”. Logo, não só o setor contábil, mas todos os setores precisam reconhecer seu grau de importância para a performance organizacional. Termo esse definido pelo dicionário da língua portuguesa como o ato ou efeito de desempenhar, cumprir uma função ou objetivo. Ou seja, é o modo como a organização apresenta-se ou desenvolve as atividades a que se propõe e como ela é vista pelo mercado consumidor e seus concorrentes.


De acordo com Drucker (2002), o que torna uma empresa distinta é aquilo que é seu recurso peculiar, é a sua capacidade de utilizar todos os tipos de conhecimentos científicos, técnicos, sociais ou administrativos. Somente o conhecimento distingue uma empresa, e é somente através dele que ela pode produzir algo que tenha valor de mercado.


Analisando a afirmação de Drucker, percebe-se que o ambiente mercadológico atual não permite mais que a gestão estratégica seja apenas uma ideologia que não sai do papel. Por isso Stewart (1998), diz que “uma coisa é afirmar que a inteligência é o ativo mais importante da organização. Outra, bastante diferente, é transformar esse insight em planos estratégicos que levam a um melhor desempenho”.


Drucker (2002) afirma “que o Capital Intelectual é o principal recurso, o investimento fundamental e o centro de custos de uma economia desenvolvida”. Seu investimento estratégico é capaz de projetar exponencialmente a organização no mercado, fazendo dela uma competidora sólida e com grandes perspectivas de conquistar e manter, dependendo apenas de como sua administração é compreendida e desempenhada. Por isso, Stewart (1998) diz que os gerentes atuam como guardiões protegendo e cuidando dos ativos materiais da empresa. No entanto, quando os ativos são intelectuais, o trabalhado do gerente modifica-se, porque ele não precisa só cuidar e proteger, mas acima de tudo perceber e conduzir a todos no empreendimento do mesmo. Portanto, esses gerentes precisam agir com brilhantismo e perspicácia.


Segundo Milkovich, Geoget (2000), as pessoas com seus conhecimentos trazem o brilho da criatividade para a empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e os serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos e os serviços, alocam recursos financeiros e estabelecem as estratégias e os objetivos para a organização.

Sem pessoas eficazes é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos.


Cada dia fica mais claro que o investimento estratégico do capital intelectual é capaz de projetar exponencialmente a organização no mercado, elevar sua performance, fazendo dela uma competidora sólida e com grandes perspectivas de conquistar e manter seus clientes internos e externos, fortalecendo sua marca ao ponto de ser a primeira a ser lembrada quando o assunto disser respeito ao ramo em que atua.


Por Simone Moura

 
 
 

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